Agarrando as oportunidades para crescer com Bio
Quando eu era criança, passava de ônibus pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ficava impressionado com o Castelo. Nunca imaginei que um dia teria a oportunidade de trabalhar nessa instituição de tamanha relevância para a saúde pública. Mas, após concluir o ensino médio, isso aconteceu. Ao chegar nesse lugar, fiquei impressionado com a grandeza do espaço físico e os diversos nichos de atuação, desde pesquisa à produção de vacinas, kits e medicamentos.
No dia 17 de janeiro de 2006, iniciei minha trajetória atuando como supervisor de porteiros até 22 de fevereiro de 2006. Foi uma passagem rápida, pois a empresa em que eu prestava serviços perdeu o contrato. Naquele momento, perdi meu chão, preocupado em ficar desempregado, mas, graças a Deus, os chefes da segurança ofereceram uma oportunidade para a função de porteiro. E, na portaria do Pavilhão Rockefeller, começa a minha história em Bio-Manguinhos. Entrei para substituir o Serginho, que tinha acabado de entrar para o laboratório.
Em 2008, fui admitido no laboratório da Seção de Embalagem e Rotulagem de Reativos (Sered), para trabalhar como auxiliar na área administrativa. Recebi ajuda do gestor Thiago Gonzalez e da Ana Paula Bezerra, ambos da Sered, na Divisão de Processamento Final de Reativos/Departamento de Reativos para Diagnóstico (DIPFR/Dered). Lá, percebi que conseguiria crescer se me dedicasse aos estudos. Dessa forma, terminei o curso técnico e, com o apoio da minha amiga Angélica Kariny, colaboradora da Seção de Caracterização Sorológica/Divisão de Produção de Painéis Sorológicos/Departamento de Reativos para Diagnóstico (Secas/Dipps/Dered), consegui uma bolsa de estudos para cursar a faculdade no Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam). Graças a ela, iniciei a realização de um sonho. Não foi fácil voltar a estudar depois de mais de 11 anos, mas perseverei e consegui concluir minha graduação em Biologia.
As diversas oportunidades que surgem internamente na instituição me motivaram a crescer. Em 2015, quando fui convidado pelo meu atual gestor Vinicius Alves Pessanha, do Departamento de Garantia da Qualidade (Degaq) para fazer parte da equipe da Divisão de Boas Práticas (Dibop), fiquei muito feliz e emocionado por integrar uma divisão de suma importância para Bio.
Momentos importantes eu vivi dentro da instituição. Em 2010, participei da implementação da produção dos kits moleculares NAT HIV/HCV/HBV. Além disso, pude participar em quatro gestões da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), inclusive, na última eleição, fui o “cipeiro” mais votado pelos colaboradores. Isso me emocionou bastante, pois pude receber o carinho e confiança de todos que votaram.
Uma das experiências que mais me emocionou como colaborador foi poder ajudar a instituição no recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), para produção da vacina COVID-19. Quando cheguei ao aeroporto do Galeão, fiquei muito emocionado. Percebi que tenho muito a contribuir para essa instituição que me ajudou a ser quem sou.
Cheguei aqui somente com ensino médio. Hoje, sou graduado, especialista em Sistema de Gestão Integrada (SGI) de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde (QSMS), especialista em Gestão Industrial Farmacêutica, mestre em Ciências e Tecnologias Ambientais e sonho ainda em fazer doutorado. Aprendi que nada é impossível para aquele que crê e se esforça.
Agradeço muito a Deus, pela oportunidade de fazer parte dessa instituição. Há 15 anos ela é a minha casa. Acredito que a minha história possa inspirar muitas pessoas e deixo uma mensagem para todos os colaboradores: façam o que gostam com muito amor e dedicação, pois foi assim que eu fiz na portaria, no laboratório da Sered e, atualmente, na Dibop. Lembrem-se que a nossa valorização profissional muitas vezes não é somente uma promoção, mas entender sua missão para saúde pública nacional. E, para finalizar, nunca desistam dos seus sonhos, busquem a melhoria contínua, pois estudar é algo que gera TRANSFORMAÇÃO.